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1. |
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Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.
O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.
Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?
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2. |
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Vem se acomodar
No mundo que parou
Na festa sem lugar
E vem procurar
O tempo do prazer
A forma que agrada
Sempre foi assim
Pois o tempo disse que aqui
Tudo já passou
Tudo já mudou
Te vi levantar
Sorrindo e perdida
A mente sem porque
O chão era mar
Contido em você
Perdido em certeza
Sempre foi assim
Pois o tempo disse que aqui
Tudo já passou
Tudo já mudou
Tudo já passou
Tudo já mudou
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3. |
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Você me controla e sabe se entreter
me aflita e me afasta para seu prazer:
não sei viver assim.
Enquanto poeta eu não sei tecer
a palavra certa pra lhe convencer
em me encontrar aqui:
No vazio onde não há perda.
No vazio não há cor exata.
No vazio não importa a vida
No vazio não há dor.
Eu penso em cair e desaparecer
Dentro do vestido que voce desfez
Num tempo sem fim.
Depois de sumir eu quero aparecer
no céu ao seu lado todo anoitecer.
Cantando para ti.
No vazio onde não há perda.
No vazio não há cor exata.
No vazio não importa a vida
No vazio não há fim.
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4. |
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Eu não sei dizer, o quanto mudei.
de olhos fechados, recrio sem perceber
o que se desfez com razão.
Eu só lembro o rio em suas mãos
eu só ouço o vento, um rastro sem direcão
ou compreensão do que fez.
E foi assim que sem gritar
o chão tremeu, abriu no meio da paz,
engoliu sem mais minha acão.
O tempo foi sem provocar
se despediu na curva do seu olhar
que nao vi voltar desde então.
Eu peço emprestada a sua emoção
a sua alegria é minha missão.
Minha razão: sua voz.
Eu so vejo o céu enchendo de luz.
Eu so ouço o lento, o fundo suspiro
do meu mundo. Como estão?
E foi assim que sem gritar
o chão tremeu, abriu no meio da paz,
engoliu sem mais minha ação.
O tempo foi sem provocar
se despediu na curva do seu olhar
que nao vi voltar desde então.
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5. |
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Eu não sei o que dizer
Eu só sei correr
Eu não sei o que não ver
Eu só sei saber
Azul, rosa, mar
Eu vivo lá
Azul, rosa, mar
Sonhei
Eu não sei o que querer
Eu só sei viver
Eu não sei o que conter
Eu só sei colher
Eu não sei o que achar
Eu só sei calar
Eu não sei o que pagar
Eu só sei amar
Azul, rosa, mar
Eu vivo lá
Azul, rosa, mar
Sonhei
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6. |
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Eu quero força para cantar.
Eu quero luz para dizer:
"o meu amor nunca será
enquanto eu nao souber conter
o impulso que chama"
Enquanto lembro de você.
E lhe abandono sem poder.
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7. |
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One minute song
to hold me here.
Where time keeps fading out
and let reveal
the shape of love
in mysterious air.
Some quiet peace as a sound
behind your fears.
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8. |
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Apesar de nada entender
e me confundir com o que já sei
sobre as coisas mais belas,
eu volto a teimar uma tarde inteira.
Desta vez vou me contentar
em deixar morrer o céu sem olhar.
Com a intenção pura e crua,
de encostar a mão sob a cheia lua.
Não vejo porque
tentar merecer
mais do que o agora,
não existe maior.
Aquilo que foi
vai voltar a ser
ou será na hora
de desaparecer.
Vou tentar abraçar o chão
até não caber nada em minha mão.
Seja coisa seja outra;
que irá sobrar, isso é certeza.
Apesar de nada entender
e me confundir com o que já sei
sobre as coisas mais belas,
eu volto a temer uma noite inteira.
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9. |
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10. |
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Mais jusqu’à quand je me demanderais
Si j’aurais du vivre partagé
Entre un pays que je ne connais même plus
Et un monde qui me fait rever ?
Le premier brille dans mes souvenirs
Tandis que l’autre où je suis né,
Possède tellement de visages
Que je tremble rien que d’y penser.
Et maintenant que je me rends compte
que j’ai du mal à me rappeler
J’envie les gens qui ont la chance
de n’avoir qu’un seul passé.
Je me souviens des plages et du mois de juillet
Je me rappelle encore des dessins gribouillés
Je me rappelle puis tout d’un coup j’oublie tout ça.
Je me souviens des filles et des vieilles amitiés
Je me rappelle encore des villes abandonnées
Je me rappelle puis tout d’un coup j’oublie tout ça.
En fait c’est moi qui ai de la chance
D’etre toujours prêt à voyager
Entre un pays qui ne m’attend plus.
Et un monde qui me fait rever.
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11. |
Livre no Mar
03:42
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Polvo livre no mar
Vasto e invisível
Prestes a invocar
Um mundo inconcebível
O dono do mar
Foi pela atlantica
Feito de espuma
Pele cravada de luz
Veio me escoltar
Me levou num passeio
Pela equatorial
Pela pacífica
Raivoso, desvendou.
Como um condenado
O seu destino
Onde refletia dor
Abriu a boca, eu vi
Sua saliva crua
Seus olhos largos
Firmes num ponto turvo.
Polvo livre no mar
Vasto e invisível
Só, ele invocou
Um mundo inconcebível
Veio me escoltar
Me levou num passeio
Pela Equatorial
Pela Pacifica
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Jan Felipe
Cantor, compositor e guitarrista, faz uma mistura de Rock, Trip-hop, Folk e MPB, produzindo suas próprias músicas.
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